domingo, 11 de julho de 2010

Casillas comemora título beijando seus dois amores: a taça e Sara


Casillas foi personagem de um dos momentos mais emocionantes da final da Copa: antes mesmo do apito final de Howard Webb, ele chorava em campo. Depois que o jogo terminou, com vitória da Espanha por 1 a 0 sobre a Holanda, ele trocou as lágrimas pelo sorriso, enquanto levantava o troféu de campeão mundial, depois de beijá-la.

A taça não foi a única a ser beijada pelo capitão neste domingo. Enquanto dava entrevista para a sua namorada, a repórter de TV Sara Carbonero, Casillas se emocionou ao falar da família. Ouviu um "não tem problema, vamos falar do jogo" e em seguida tascou um beijo na boca dela, saindo em seguida.

Curiosamente, momentos antes, o goleiro se recusara a falar da polêmica que o perseguiu durante a Copa, já que ela esteve nos jogos da seleção espanhola e foi até acusada de tirar a concentração dele.

- É um assunto pessoal, que não entra em jogo. A melhor resposta que eu poderia dar é essa - disse o jogador, se referindo à conquista do título.

Decisivo para a vitória


Nas horas que antecederam os dois beijos, em Sara e na taça, Casillas só teve olhos para a bola. Para a dama que o transformou em um dos grandes goleiros do mundo e, desde este domingo, no maior do seu país. Esqueceu sua namorada atrás do gol e pareceu esquecer-se de todo o resto. Os olhos permaneceram sempre vidrados na bola. Ficaram embaçados apenas por um instante, no gol do título inédito. Choro compulsivo de alegria.

- É uma emoção muito grande. As pessoas dizem que tenho sorte. Pode ser. Foram lágrimas de emoção e de alegria.

O gol foi de Iniesta, na etapa final da prorrogação. Mas as bolas decisivas, ainda no tempo normal, foram de Casillas. Do lado holandês o super-herói chamava-se Robben. O atacante mais perigoso da Holanda foi o homem que teve, por duas vezes em seu pé esquerdo, um título mundial inédito. Em ambas encontrou sua criptonita: Casillas, que foi eleito o melhor goleiro do Mundial.

Na primeira, o holandês recebeu passe de Sneijder, entrou na área sozinho e teve tempo de sobra para escolher o canto. Mas que canto? Quanto mais ele se aproximava, menos via espaços, mais via Casillas. Chutou na direita e a bola explodiu no pé do capitão espanhol.

Aos 37 do segundo tempo, quando Puyol perdeu na corrida para Robben, de novo restava apenas Casillas. Robben descobriu, então, que superá-lo era a parte mais difícil. Desta vez, arriscou o drible e, quando percebeu, o goleiro já estava abraçado com a bola.
Ela só o traiu uma vez, quase o encobrindo em uma devolução banal dos holandeses. Talvez para mostrar que merece atenção, seja qual for a situação. Casillas entendeu o recado. E sempre que ela vinha, ele a abraçava ou, com a ponta dos dedos, pedia que ela não o vazasse nesta noite. Pacto feito, fidelidade mantida.

- Todos os jogadores sonham levantar essa taça - disse Casillas, depois de dar o primeiro beijo da noite. - Sempre pensamos que para a Espanha era impossível. Mas demos um passo com a Eurocopa e outro com o Mundial.

sábado, 10 de julho de 2010

Em jogo de duas viradas, Alemanha bate Uruguai e fica em terceiro lugar


Com a chuva fina caindo em Porto Elizabeth e uma longa lista de conquistas no currículo, a Alemanha bem que podia ter entrado em campo disposta apenas a cumprir tabela neste sábado. Não foi bem assim. Do outro lado do campo, havia um Uruguai faminto pela vitória, e o que se viu na disputa do terceiro lugar foi um jogo de cinco gols e duas viradas. Com 3 a 2 e um travessão salvador aos 48 do segundo tempo, a Alemanha é a dona do bronze na África do Sul.

O meia Müller, que voltou após cumprir suspensão na semifinal, abriu o placar para os alemães, mas Cavani e Forlán viraram para o Uruguai. Jansen empatou de novo, e coube ao volante Khedira fazer o gol da vitória. O goleiro uruguaio Muslera, herói nas quartas de final contra Gana, falhou duas vezes. Forlán teve a chance de empatar o jogo no último lance, mas cobrou uma falta no travessão para, em seguida, ouvir o apito final do juiz. A partida terminou, e Klose continuava no banco, de agasalho. Sentindo dores nas costas, o atacante não entrou e manteve seus 14 gols em Copas, um a menos que o recorde de Ronaldo Fenômeno.

O resultado deste sábado no estádio Nelson Mandela Bay estica a fama do polvo Paul, que segue com aproveitamento de 100% nos palpites. Para a grande final deste domingo, às 15h30m, o molusco apostou na Espanha para derrotar a Holanda no Soccer City e se tornar a oitava seleção campeã na história dos Mundiais.

O jogo

Noite de sábado caindo, aquela chuvinha antes do jogo, disputa de terceiro lugar... apesar do cenário favorável para um jogo de compadres, a pinta de amistoso foi por terra logo aos cinco minutos, quando o alemão Aogo apresentou as travas da sua chuteira à canela de Perez. Cartão amarelo para abrir os trabalhos.

No lance seguinte, mais um, para o brasileiro Cacau, que desviou com a mão uma falta cobrada por Forlán. Apesar dos cartões, a Alemanha ensaiou seu gol aos nove. Özil bateu escanteio, e Friedrich cabeceou no travessão de Muslera, que ainda salvou a Celeste na sobra, ao defender a conclusão de Müller.

O meia e o goleiro, aliás, escreveriam mais um capítulo juntos dez minutos depois. Antes disso, no entanto, abram alas para uma bomba de Schweinsteiger. Aos 19, o camisa se viu sozinho no meio de campo e – por que não? – soltou o foguete de pé direito. Botou a Jabulani para voar a 117km/h e, aí sim, houve o tal reencontro: Muslera bateu roupa, e Müller, sozinho, pegou o rebote para abrir o placar. Enquanto os zagueiros levantavam os braços para pedir um impedimento que não existiu, a Alemanha festejava o 1 a 0.

Aí foi a vez de o Uruguai ensaiar seu gol. Aos 24, Forlán pegou uma sobra na área de cabeça, mas Mertesacker esticou a perna para tirar. Na cobrança do escanteio, Cavani desviou, e Friedrich tirou na pequena área.

Aos 28, não era mais preciso ensaiar. Pérez, o carrapato que durante toda a Copa torrou a paciência dos adversários, deu um bote em Schweinsteiger no meio de campo. Roubou-lhe a bola e, quase caindo, encontrou Suárez para puxar o contra-ataque. O passe para Cavani foi açucarado, e o atacante, na saída de Butt, balançou a rede: 1 a 1.

Com tudo igual em Porto Elizabeth, a chuva cuidou de esfriar o jogo. Só aos 41 o Uruguai teve outra chance, com Suárez sozinho na área chutando para fora. Estava de bom tamanho para o primeiro tempo.

No início da segunda etapa, voltou a fome de gols. E a virada sul-americana veio com estilo. Aos cinco, Arévalo Rios tabelou com Suárez pela direita e cruzou para Forlán, que emplacou um lindo voleio no canto de Butt. Golaço.

A festa celeste só durou seis minutos, porque aos 11 Muslera entregou de novo. O goleiro saiu catando borboleta no cruzamento de Boateng, e Jansen cabeceou para o gol vazio. Tudo igual outra vez, 2 a 2.

Klose continuava no banco, e de fato estava sem condições de jogo, porque o técnico Joachim Löw foi lançando outros jogadores em campo. Primeiro foi Kiessling, que substitui Cacau. Depois, Kroos entrou no lugar de Jansen. Por fim, Tasci na vaga de özil. Mas quem decidiu foi o volantão Khedira. Ele estava na hora certa e no lugar certo aos 37 minutos. Após o bate-rebate na área, cabeceou para o fundo da rede, sem chances para Muslera, e fez o gol da vitória alemã.

Kiessling podia ter ampliado para 4 a 2, mas perdeu um gol incrível, sozinho no meio da área, isolando a bola por cima do travessão. Oscar Tabárez, então, tentou sua última cartada ao lançar Loco Abreu no lugar de Cavani. Não deu certo. Quem teve a chance de ouro - ou de bronze - para empatar no último minuto foi Forlán. O camisa 10 cobrou falta aos 48, mas a Jabulani explodiu no travessão.

Era a senha para o mexicano Benito Archundia levar o apito à boca e dar o jogo por encerrado. Apesar da campanha surpreendente, os uruguaios não esconderam a decepção. Alguns chegaram a se ajoelhar em campo, frustrados. E viram passar, correndo, alemães eufóricos com o terceiro lugar.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Enfurecida! Espanha desbanca Alemanha e vai à final da Copa


Que soem sem parar as castanholas, que touro e toureiro façam as pazes, que o madrileno, o catalão e o basco compartilhem o mesmo abraço, porque a Espanha, pela primeira vez, está em uma final de Copa do Mundo. A Fúria mostrou sua raiva, “La Roja” apresentou o vermelho de seu sangue, a seleção de Vicente del Bosque jogou demais para vencer a Alemanha por 1 a 0 nesta quarta-feira, em Durban, e garantir presença na grande decisão pela primeira vez. O planeta espera um campeão inédito: Espanha e Holanda, domingo (às 15h30m de Brasília), no Soccer City, decidirão quem passa à turma dos vencedores.

Xavi foi escolhido o craque do jogo, mas foi de Puyol, gigante na defesa, o gol da classificação. Foi no segundo tempo, de cabeça, em um lance emblemático para um dos símbolos de uma geração que tenta matar a fome de títulos dos espanhóis. A Alemanha, bem menos brilhante do que contra Inglaterra e Argentina, agora lutará pelo terceiro lugar. O jogo é sábado, em Porto Elizabeth, contra o Uruguai.

Espanha espanhola, Alemanha alemã

Por alguma dessas mágicas que só o futebol tem, o primeiro tempo do jogo em Durban acabou com a brincadeira de troca de papéis que Alemanha e Espanha faziam na Copa do Mundo. Foi uma Espanha espanhola, com qualidade, bola na pé, superioridade técnica, diante de uma Alemanha alemã, compacta, matemática na distribuição de seus jogadores, mas sem aquele brilho que apresentou para cegar adversários como Inglaterra e Argentina. Pertenceu à Fúria a etapa inicial no Moses Mabhida.

Faltou o gol à Espanha. E faltou aquele encaixe final que vem rendendo goleadas à Alemanha. “La Roja” usou seu jeitão de coletividade fominha para ser melhor nos primeiros 45 minutos. Jogou como o moleque que é dono da bola nas peladas de rua: é dele e ninguém tasca - teve 57% da posse, com seis chutes a gol, contra apenas um da Alemanha. Desta vez, a Fúria teve o acréscimo de Pedro, prodígio do Barcelona, bem mais participativo do que vinha sendo Fernando Torres. É uma engrenagem de meter medo: Pedro, Xavi, Xabo Alonso, Sergio Ramos, Iniesta (parece que há uns 17 Iniestas em cada centímetro do campo), todos em busca de David Villa, a peça final.

Peça final, susto inicial. Eram cinco minutos de jogo quando Pedro encontrou Villa em condições de marcar. O artilheiro do Mundial recebeu e preparou o bote. Quando percebeu, viu Neuer se agigantando na frente dele. O chute do craque espanhol foi abafado pelo goleirão da Alemanha. A seleção de melhor futebol até as semifinais da Copa recebia o primeiro aviso de que a Espanha pretendia encerrar o período de hibernação futebolística.

Seguiu dando Fúria. Aos 13 minutos, Iniesta (ou um dos 17 que ocupam cada centímetro do campo) cruzou da direita. Puyol subiu bonito, subiu alto, subiu como sobem os zagueiros que marcarão o gol. O cabeceio dele foi um tiro. Mas a bala foi perdida. A bola passou por cima do gol de Neuer, gerando um “uh” coletivo – no Moses Mabhida, na Alemanha, na Espanha, sabe-se lá em quantos lugares do mundo.

A Alemanha, aos poucos, foi controlando o ânimo espanhol. “La Roja” viu suas ameaças ficarem mais raras. O problema para os tricampeões foi a incapacidade de encontrar a mesma criatividade de outros jogos – talvez a ausência de Müller, suspenso, seja a maior culpada. Houve pelo menos três lances em que os germânicos partiram para o contra-ataque com o veneno habitual. Mas se enrolaram nas próprias pernas. A Alemanha ficou resumida a cruzamentos para área, um chute de Trochowski defendido por Casillas e um pênalti reclamado por Özil, que deixou a perna para ser tocado por Sergio Ramos na entrada da área.

As rugas de Puyol na bola: Espanha na final!

O jogo recomeçou do jeito que parou, mas em versão acelerada. A Espanha pisou no segundo tempo ainda mais superior do que no primeiro. Foi uma coleção de chances de gol. Na primeira, Pedro passou por meio time da Alemanha e rolou para Xabi Alonso, que bateu mal. Na segunda, o jogador do Real Madrid teve nova chance, desta vez ao receber passe de Xavi, e voltou a errar. Na terceira, Villa bateu colocado, no cantinho esquerdo de Neuer, com muito perigo. Na quarta, a bola não entrou porque é teimosa mesmo.
Foi aos 12 minutos. A Espanha se aproximou da área alemã em bloco, trocando passes com precisão milimétrica, como se fosse a ação mais natural do mundo. A bola chegou até Pedro, que mandou a patada. Neuer espalmou, mas a jogada teve sequência logo depois, com Iniesta. O meia do Barcelona avançou pela esquerda, chegou à linha de fundo, já dentro da área, e mandou uma pancada como cruzamento. David Villa tem 1,75m. Se tivesse 1,76m, teria feito o gol. Esticar cada osso do corpo em um carrinho não foi suficiente para o goleador deixar sua marca.

A Alemanha até tentou mostrar que não estava dormindo. Klose recebeu cruzamento e encaixou o corpo para emendar voleio. O chute foi por cima. Mas a Espanha logo reagiu. Sergio Ramos entrou de surpresa na área alemã e quase completou cruzamento de Alonso.

A Alemanha, tão pressionada, resolveu dar um grito de que encrencaria o jogo. Kroos apareceu pela direita e mandou uma pancada em diagonal. Casillas salvou. Parecia que os tricampeões acordariam. E foi aí que mergulharam no sono da eliminação. Aos 27 minutos, Xavi cobrou escanteio e Puyol subiu. Lembra dele? Lembra do zagueiro que, no primeiro tempo, subiu bonito, subiu alto, subiu como sobem os zagueiros que marcarão o gol? Neuer, o goleiro da Alemanha, vai lembrar por todo o sempre. As rugas da testa do jogador de 32 anos estão eternizadas na bola. Golaço.

A Espanha ainda poderia ter chegado ao segundo gol, mas Pedro preferiu enfeitar o lance em vez de fazer o passe a Torres, que acabara de substituir o artilheiro Villa. Mas não fez falta, e o resto é alegria e tristeza. Alegria de uma seleção que alcança um feito inédito. Tristeza de uma seleção que jogou bonito, que encantou o mundo, mas que, desta vez, não estará na final. Espanha ou Holanda, Holanda ou Espanha. O grupo dos campeões mundiais terá um novo integrante no domingo.

sábado, 3 de julho de 2010

Artilheiro David Villa avisa que não tem medo da Alemanha


David Villa, o salvador da pátria espanhola, autor do gol da vitória de 1 a 0 sobre o Paraguai neste sábado, sabe que estará diante do maior desafio de sua carreira na próxima quarta-feira. Ele irá a campo contra a Alemanha, pelas semifinais da Copa do Mundo, munido do papel de protagonista da Fúria. São os frutos dos cinco gols que ele já marcou no Mundial – é o artilheiro isolado da competição. E, desde já, o camisa 7 avisa que não tem medo da Alemanha, embalada por goleadas sobre Inglaterra (4 a 1) e Argentina (4 a 0).

- Respeitamos, mas não temos medo. Em um campo de futebol, não se pode ter medo. Para mim, é uma das equipes mais fortes do Mundial, mas podemos superá-la – disse o jogador.

A Espanha, pela segunda vez em sua história, está entre os quatro melhores times de uma Copa do Mundo. Pode parecer um feito histórico, mas é pouco diante da expectativa criada em torno da seleção. Villa já mostra fome de ir à decisão.

- Conseguimos o primeiro objetivo que tínhamos quando pisamos nessa terra. Agora, vamos pensar na final.

A partida marcará o reencontro entre as duas seleções depois da decisão da Eurocopa de 2008. Na ocasião, deu Espanha, com gol de Fernando Torres.

- Vamos torcer para que não seja uma revanche. Espero que ganhemos e cheguemos à final – disse Villa.

Podem comprar televisão, hermanos: Alemanha goleia o time de Maradona


A torcida argentina comemorou bastante a eliminação do Brasil na sexta-feira, mas a festa dos hermanos não durou mais que um dia. Desta vez, a Alemanha não precisou de pênaltis e nem de sofrimento, como em 2006: sem dar chances ao time de Diego Maradona, os alemães aplicaram um chocolate inapelável por 4 a 0 na Cidade do Cabo e estão classificados para a semifinal da Copa do Mundo. Como disse o diário “Olé” para os brasileiros, os argentinos agora também podem comprar uma televisão para assistir ao restante do Mundial no conforto do sofá de casa.

Maradona desfilando sem roupa no Obeslico em Buenos Aires? Fica para a próxima
Na última Copa, a Alemanha também eliminou a Argentina nas quartas de final, mas com uma sofrida decisão por pênaltis. Neste sábado, no Green Point, não deu nem tempo de roer as unhas: Müller abriu o placar antes do terceiro minuto de jogo e fez o gol mais rápido do torneio na África do Sul. Depois recebeu um cartão amarelo e está fora da semifinal. Klose marcou duas vezes e agora tem 14 em Copas, um a menos que o recorde de Ronaldo. O zagueiro Friedrich também deixou o seu. Schweinsteiger não marcou, mas foi o maestro do time e acabou sendo eleito o melhor da partida pelos internautas no site da Fifa.
A torcida argentina era maioria no estádio, mas quem riu por último foi o meia Michael Ballack, que ficou fora da Copa por contusão, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ambos presentes no estádio. Melhor jogador do mundo em 2009, Lionel Messi teve atuação apagada e deixou a competição sem nenhum gol marcado.

A seleção de Joachim Löw agora espera o vencedor de Paraguai x Espanha, ainda neste sábado, às 15h30m, para saber quem será seu rival na próxima quarta-feira, em Durban, pela semifinal. Um dia antes, Uruguai e Holanda decidem na Cidade do Cabo o primeiro finalista.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil perde para a Holanda e é eliminado de novo nas quartas


Em toda a sua preparação e durante a Copa do Mundo na África do Sul, a seleção brasileira se esforçou em adotar uma filosofia diferente da utilizada em 2006. Por ironia, o resultado foi o mesmo: derrota para uma seleção europeia e eliminação nas quartas de final. No lugar da França, o algoz foi a Holanda. E Sneijder tomou de Henry o posto de carrasco, participando do lance do primeiro gol e marcando o segundo na vitória por 2 a 1, de virada, nesta sexta-feira.

Foi ele o eleito o melhor em campo no estádio Nelson Mandela Bay, em votação popular no site da Fifa. Pelo primeiro tempo, ficou a impressão de que dificilmente o escolhido deixaria de ser um brasileiro. A seleção dominou a Holanda, marcou seu gol (com Robinho) logo no início, criou lances bonitos e foi pouco ameaçada. A partida após o intervalo, no entanto, foi outra. O Brasil falhou na defesa, seu setor mais elogiado, esteve acuado, quase não chegou ao ataque e demonstrou instabilidade emocional. E viu mais um jogador seu ser expulso na competição, depois que Felipe Melo deu um pisão em Robben.

A eliminação em Porto Elizabeth representa um duro golpe na era Dunga como técnico. A seleção vinha acumulando bons resultado - como os títulos da Copa América e da Copa das Confederações, a primeira colocação nas eliminatórias e vitórias expressivas sobre adversários de peso - mas fracassou em sua principal missão, a conquista do hexacampeonato. Os brasileiros, que receberão a Copa de 2014, voltam para casa com uma campanha de três vitórias, um empate e uma derrota.

A Holanda, que acumulou sua quinto triunfo consecutivo na Copa e agora soma 24 partidas de invencibilidade, enfrentará Gana ou Uruguai na semifinal, em partida na próxima terça-feira, às 15h30m (de Brasília), na Cidade do Cabo. E se vinga das eliminações nas edições de 1994 e 1998, as duas últimas vezes em que havia cruzado com o Brasil em Mundiais

terça-feira, 29 de junho de 2010

Espanha fura bloqueio defensivo de Portugal e vence duelo ibérico


No duelo ibérico mais importante da história, a criatividade prevaleceu sobre a eficiência defensiva. A Espanha dominou Portugal durante todo o jogo na Cidade do Cabo e, se venceu por apenas 1 a 0, foi porque o goleiro Eduardo evitou um resultado mais amplo. David Villa marcou o gol da partida, seu quarto na Copa do Mundo, e se juntou ao argentino Higuaín e ao eslovaco Vittek como artilheiros da Copa do Mundo.

Após um início ruim na competição, com derrota para a Suíça, a Espanha teve um desempenho mais compatível com seu status de campeã europeia. Agora vai enfrentar o Paraguai nas quartas de final, em partida às 15h30m (de Brasília) de sábado, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Portugal, que sempre contou com grande torcida na Cidade do Cabo, despede-se da África do Sul após sofrer um único gol em quarto partidas. Xavi foi eleito o craque do jogo, em votação popular no site da Fifa.

Blitz espanhola no início

Diante do ótimo desempenho defensivo de Portugal neste Mundial, os espanhóis entraram em campo dispostos a não dar tempo para o adversário respirar e se arrumar em campo. Foi uma blitz. Em 12 minutos, tiveram 70% de posse de bola e concluíram quatro vezes a gol, em três delas obrigando Eduardo a espalmar a bola. A defesa lusa cometia erros bobos de marcação, permitindo até que Torres recebesse passe rasteiro numa cobrança de escanteio e virasse para chutar sem dominar a bola.

Até então apagado na competição, o atacante do Liverpool ainda sofreu um pênalti não marcado, numa das vezes em que ficou mano a mano com Coentrão na ponta. Os 12 minutos iniciais foram um resumo da Espanha na Copa, com muita presença ofensiva e pouca eficiência na finalização. Portugal se segurou e ajustou sua marcação, não passando por outro susto até o intervalo. A Espanha virava a bola de um lado para o outro, buscava acionar Villa e Torres nas pontas, mas falhava no passe que acionaria os atacantes pelo meio.

Portugal demorou a acertar sua saída de bola, o que levou até Pepe a discutir com Eduardo, pedindo que o goleiro não desse mais chutões para frente. O meio-campo pouco criava, e no ataque Cristiano Ronaldo era bem marcado, irritando-se com a arbitragem de Hector Baldassi, que deixava o jogo correr. Seus companheiros tampouco ajudavam: Simão foi uma figura nula, e Hugo Almeida mais trapalhou do que ajudou.

Não por acaso, Liedson e Danny começaram no banco de reservas o aquecimento por volta dos 30 minutos. A essa altura, eles já haviam visto o time testar a insegurança de Casillas por duas vezes, em chute de Tiago e numa cobrança de falta de Cristiano Ronaldo. Outra boa possibilidade de ataque que surgiu, já no fim da primeira etapa, foi o cruzamento da esquerda para a área. Hugo Almeida não cabeceou em cheio no primeiro lance, e Tiago concluiu para fora no segundo.

Espanha consegue chances sucessivas


O início da segunda etapa teve uma Espanha com sua tradicional paciência, trocando passes em busca de uma situação clara de ataque. Mais preocupado em defender, Portugal conseguiu apenas uma jogada isolada aos seis minutos, em que Puyol desviou de joelho um passe de Hugo Almeida e quase marcou contra.

Os dois técnicos resolveram mexer em seus times ao mesmo tempo, aos 13 minutos. Vicente del Bosque trocou Torres por Llorente, e Carlos Queiroz substituiu Hugo Almeida por Danny. A Espanha passou a ser mais contundente a partir daí. Logo aos 15, o próprio Llorente perdeu boa chance, numa jogada pouco comum da Espanha - um cruzamento de Sergio Ramos da intermediária. Em seguida, Villa arriscou de fora da área, com estilo, e quase marcou.

As chances se sucediam, e aos 17 minutos veio o gol. E bem ao estilo espanhol: uma rápida troca de passes, com Xavi usando o calcanhar para deixar Villa na cara de Eduardo. Também ao estilo espanhol foi a conclusão, sofrida: o atacante precisou chutar duas vezes para encontrar a rede, marcando pela quarta vez na Copa. Foi também a primeira vez que Eduardo buscou uma bola em sua meta, acabando com a invencibilidade da defesa de Portugal.

Em desvantagem no placar, Portugal pouco fez até o fim da partida para buscar o empate. Foi a Espanha, na verdade, que esteve mais perto de um gol. E só não fez o segundo porque esbarrou em Eduardo, que fez difícil defesa em chute cruzado de Sergio Ramos e espalmou com plasticidade uma bomba de Villa. Especialista em manter a posse de bola, a Espanha praticamente pôs na roda o adversário, que não encontrou forças para uma marcação mais eficiente. E os portugueses ainda tiveram Ricardo Costa expulso no fim, por um lance na área com Capdevilla.

Nos pênaltis, Paraguai vence batalha contra o Japão e alcança feito inédito


O sonho era comum: classificar o país pela primeira vez para a fase de quartas de final de uma Copa do Mundo. Com o mesmo objetivo, Paraguai e Japão se igualaram no tempo normal e na prorrogação do duelo desta terça-feira, no estádio Lotus Versfeld, em Pretória. E após mais de 120 minutos em que o 0 a 0 resistiu em um jogo sem grandes emoções, que chegou a fazer o presidente da Uefa, Michel Platini, cochilar na tribuna de honra, os paraguaios foram mais eficientes na disputa de pênaltis. A equipe converteu suas cinco penalidades e contou com o erro de Komano, que acertou o travessão, para vencer a batalha por 5 a 3 e entrar para a história da nação.

Os paraguaios vão decidir uma vaga nas semifinais da Copa do Mundo no próximo sábado, às 15h30m (de Brasília), em Joanesburgo, contra o ganhador do confronto entre Espanha e Portugal, que se enfrentam nesta terça.

O triunfo guarani também permitiu uma marca histórica para o futebol sul-americano. Pela primeira vez, a região terá mais representantes que a Europa entre os oito melhores do Mundial (quatro a três). Além do Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil também seguem na Copa 2010. Alemanha, Holanda e Espanha/Portugal representam o velho continente.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Brasil segue roteiro, vence o freguês Chile por 3 a 0 e avança às quartas


Freguesia é coisa para ser respeitada, e o Brasil manteve sua tradição diante do Chile na noite desta segunda-feira no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. Mesmo desfalcado de Felipe Melo e Elano, machucados, a seleção venceu pela sexta vez seguida o rival, o maior freguês desde que Dunga assumiu em 2006. Os 3 a 0 sobre a equipe do argentino Marcelo Bielsa garantiram os brasileiros nas quartas de final da Copa da África do Sul.

A receita verde-amarela para ganhar foi bem conhecida: bola parada na cabeçada de Juan, contra-ataque mortal para Luis Fabiano marcar e, para completar, gol de Robinho após roubada de bola de Ramires. Foi a oitava vez que o atacante do Santos balançou as redes chilenas, igualando-se a ninguém menos que Pelé como maior carrasco do adversário. Ele foi eleito o melhor em campo pela Fifa.

O terceiro triunfo sobre o Chile em jogos decisivos de Copa (os outros foram na semifinal em 1962 e nas oitavas em 1998) pôs a equipe de Dunga frente a frente a outro rival conhecido, a Holanda. A quarta partida entre os países em Mundiais será na sexta-feira, às 11h (de Brasília), em Porto Elizabeth, no estádio Nelson Mandela Bay.

Perigo laranja: Robben comanda passagem da Holanda às quartas


Ter a Holanda pela frente não é exatamente uma boa notícia. Ter a Holanda pela frente com Robben em campo é um pouco pior. Mas complicado mesmo é ter a Holanda pela frente com Robben voando. O camisa 11 voltou nesta segunda-feira a um lugar que sempre foi seu e comandou a vitória de 2 a 1 da Laranja sobre a Eslováquia. Com o resultado, a equipe que também tem Sneijder, Kuyt e Van Persie está nas quartas de final da Copa do Mundo. O adversário sai do duelo entre Brasil e Chile, ainda nesta segunda, às 15h30m (de Brasília).

O jogo no Moses Mabhida, em Durban, apresentou Robben como titular pela primeira vez na Copa. Recuperado de uma lesão muscular que chegou a colocar em dúvida sua presença no Mundial, o camisa 11 fez o gol da vitória, criou outras chances e deixou os colegas na cara do gol. Mostrou que, apesar de ainda não estar nas condições físicas ideais, continua sendo a figura central da equipe laranja. Em ótima fase, Sneijder, em bela jogada de Kuyt, ampliou. E, no último lance da partida, Vittek descontou em cobrança de pênalti.

A partida encerrou o sonho dos eslovacos, animados depois de mandarem a atual campeã, a Itália, de volta para casa na primeira fase. Os azarões deixam o Mundial com uma imagem positiva. Nesta segunda, eles encararam a Holanda de frente e tiveram chances claras para empatar a partida no segundo tempo.

A Holanda duelará com Brasil ou Chile na próxima sexta-feira. O jogo será em Porto Elizabeth, às 11h (de Brasília).

domingo, 27 de junho de 2010

Argentina repete filme, bate o México e vai atrás da Alemanha nas quartas


A figura de Maradona à beira do campo, envergando seu terno cinza, ajuda a lembrar que este não é um filme repetido. O técnico é novo, mas o roteiro argentino no mata-mata da Copa de 2010 vai se desenhando como um plágio de 2006. Neste domingo, a vítima foi o México, assim como tinha sido há quatro anos, com a diferença de que, desta vez, foi um gol ilegal de Tevez que abriu o caminho para a vitória por 3 a 1. Cenas do próximo capítulo: no sábado, às 11h, na Cidade do Cabo, está marcado para as quartas de final um duelo de campeões, daqueles que fazem tremer qualquer estádio. Na outra metade do campo, bate ponto a tricampeã Alemanha, algoz dos hermanos no último Mundial. Saiam da frente.

Em 2006, a Argentina bateu o México na prorrogação, com gol de Maxi Rodríguez, e foi eliminada pelos alemães nos pênaltis. Maradona, que estava tirando onda de torcedor na arquibancada há quatro anos, espera que agora a segunda parte do filme tenha um final mais feliz.

No domingo, os 84.337 torcedores no Soccer City viam um México abusado e bem armado no início do jogo, quando Tevez abriu o caminho da vitória argentina em claríssimo impedimento, ignorado pelo juiz. Higuaín fez 2 a 0 e assumiu a artilharia da Copa, com quatro gols. O próprio Tevez, com um foguete de fora da área, ampliou o placar, e os mexicanos ainda diminuíram com Hernández. Bem marcado, Messi fez boas jogadas, mas não conseguiu repetir as atuações anteriores, e ainda não foi desta vez que conseguiu balançar a rede

Gerrard diz que Alemanha foi melhor e não usa arbitragem como desculpa


O capitão da seleção inglesa, Steven Gerrard, admitiu que a Alemanha foi superior na partida, válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Os germânicos golearam por 4 a 1, neste domingo, e mandaram para casa o English Team
A Alemanha é uma equipa fantástica e mereceu ganhar - disse o camisa 4, em declaração reproduzida pela BBC.

O lance que mais gerou indignação entre os ingleses foi o gol de Lampard, que o árbitro Jorge Larrionda não confirmou. A bola tocou no travessão e entrou 33 centímetros. Porém, o meia disse que sua equipe não pode utilizar o lance como pretexto pela eliminação.

- Acho que o gol anulado teve um efeito, mas não podemos usar isso como desculpa. Não podemos ir à procura de um momento-chave do jogo.

Gerrard admitiu que os erros na defesa foram determinantes para a goleada sofrida em Bloemfontein.

- Como time, não estávamos sólidos o suficiente na defesa. Temos de analisar onde foi que erramos na parte defensiva. Infelizmente, tivemos grandes erros e hoje (domingo) fomos punidos.

sábado, 26 de junho de 2010

Gana põe fim ao sonho americano e mantém viva chama africana na Copa


A primeira Copa do Mundo disputada na África tem um representante do continente na fase de quartas de final. Gana derrotou neste sábado os Estados Unidos por 2 a 1, no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo, e garantiu um lugar entre as oito melhores seleções do Mundial. O triunfo foi suado, conseguido apenas na prorrogação. Kevin-Prince Boateng pôs os africanos em vantagem, mas Donovan, de pênalti, garantiu a igualdade nos 90 minutos iniciais. No tempo-extra, Gyan marcou e garantiu a vitória de Gana.

Pela terceira vez na história uma seleção africana chega às quartas de final de uma Copa do Mundo. Gana tem agora a missão de ir além, já que Camarões, em 1990, e Senegal, em 2002, foram eliminados justamente quando estavam entre os oito melhores do Mundial.

Sob olhares do ex-presidente Bill Clinton, do astro da NBA Kobe Bryant e do Rolling Stone Mick Jagger, os Estados Unidos mostraram uma vez mais o poder de reação, usual na primeira fase da Copa. Mas a torcida VIP americana acabou indo para casa decepcionada

Com dois gols de Suárez, Uruguai bate a Coreia do Sul e vai às quartas


O Uruguai fez história neste sábado. Após 40 anos, a Celeste volta a figurar entre as oito melhores seleções do planeta. Com uma vitória sofrida de 2 a 1 sobre a Coreia do Sul, em Porto Elizabeth, o time - com a velha fibra que lhe é característica - chegou às quartas de final da Copa da África do Sul. Os gols que colocaram os sul-americanos na próxima fase do torneio foram marcados pelo atacante Luis Suárez. No primeiro, ele contou com uma senhora ajuda do goleiro Jung Sung Ryong. No segundo, anotou uma pintura sem chances para o arqueiro rival.

Agora, o Uruguai, que não passava das oitavas de final desde o Mundial de 1970, espera o vencedor do duelo entre Estados Unidos e Gana que ainda se enfrentam neste sábado, às 15h30m (20h30m no horário sul-africano).

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Espanha vence, avança em primeiro e empurra o Chile para pegar o Brasil


Brasil x Espanha? Só se for no dia 11 de julho. O duelo entre dois dos maiores favoritos ao título na África do Sul só pode acontecer caso os dois cheguem à final. Após começar a campanha na África do Sul de forma decepcionante, com derrota para a Suíça, a Fúria venceu o Chile por 2 a 1 nesta sexta-feira, em Pretória, e garantiu o primeiro lugar do Grupo H. O resultado coloca a seleção chilena no caminho do time de Dunga nas oitavas de final. O atual campeão europeu fugiu dos pentacampeões mundiais, mas terá um clássico pela frente: o vizinho Portugal.

A equipe de Vicente del Bosque, que terminou a primeira fase com seis pontos e melhor saldo de gols que a de Marcelo Bielsa (2 a 1), vai enfrentar os portugueses na próxima terça, às 15h30m (de Brasília), na Cidade do Cabo. Já o Brasil encara o Chile na segunda, no mesmo horário, em Joanesburgo (Ellis Park). Suíça e Honduras, que empataram em 0 a 0 estão eliminados.

Com empate sofrível e sem gols, Suíça e Honduras se despedem


Vontade elas tiveram. Preparo físico também. Faltou foi talento mesmo. Suíça e Honduras estão eliminadas da Copa do Mundo da África do Sul. Nesta sexta-feira, não houve santo que desse jeito nas duas equipes. Muito menos gols. Os europeus têm mais a lamentar pelo empate em 0 a 0. Precisavam de uma vitória por dois gols para superar o Chile, derrotado por 2 a 1 pela Espanha, na classificação final do Grupo H e ir às oitavas, mas tropeçaram na falta de categoria. Os suíços terminam a participação no Mundial com uma vitória, um empate e uma derrota, com quatro pontos.

Depois de perderem para chilenos e espanhóis, os hondurenhos conquistam um ponto honroso, mas sem conseguir um gol sequer, assim como a Argélia. Quem foi ao estádio Free State, em Bloemfontein, viu muita luta, sentiu algumas doses de emoção, mas não curtiu quase nada de bom futebol.

Brasil cumpre objetivo e fica com a liderança após empate com Portugal


No duelo mais esperado da primeira fase da Copa do Mundo, o Brasil cumpriu seu objetivo principal e ficou com a liderança do Grupo G. Jogou para o gasto, com uma atuação razoável no primeiro tempo e apagada no segundo, e ficou no empate por 0 a 0 com Portugal no estádio Moses Mabhida, em Durban, nesta sexta-feira. A partida contra o adversário mais forte da chave, no entanto, acende o sinal de alerta para o time de Dunga, principalmente quanto ao desempenho pouco produtivo de Julio Baptista, substituto de Kaká, e à dependência do ataque pelo lado direito.

O Brasil, que ouviu vaias de parte da torcida após o apito final, acumulou sete pontos no Grupo G, contra cinco dos portugueses, quatro dos marfinenses e nenhum dos norte-coreanos. Agora espera a rodada decisiva do Grupo H, nesta tarde (a partir de 15h30m), para conhecer o segundo colocado, que será seu adversário nas oitavas de final, na próxima segunda-feira, às 15h30m (de Brasília). Portugal, que alcançou 19 partidas de incencibilidade e terminou a primeira fase da Copa sem sofrer gol, pegará o líder do Grupo H na terça-feira, no mesmo horário.

Com a missão cumprida, a seleção brasileira tem a vantagem de percorrer um caminho teoricamente mais fácil até a final. Depois das oitavas, se for avançando, encara Holanda ou Eslováquia nas quartas, e Uruguai, Coreia do Sul, Estados Unidos ou Gana na semifinal. Do outro lado da chave, Argentina, Alemanha, Inglaterra e Portugal batalham por uma vaga na decisão.

As duas seleções apresentaram surpresas em suas escalações. O Brasil, além da entrada de Daniel Alves e Julio Baptista, teve Nilmar substituindo Robinho, poupado. Portugal foi mais radical nas mexidas, com quatro alterações: entraram Ricardo Costa, Duda, o brasileiro Pepe e Danny.

Costa do Marfim domina, vence por 3 a 0, mas está fora da Copa do Mundo


Um milagre. Era exatamente o que a Costa do Marfim precisava para conseguir a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo. Afinal, os africanos dependiam de uma vitória do Brasil contra Portugal, se possível por mais de um gol de diferença, e de uma goleada acima dos sete gols sobre a Coreia do Norte. Apesar da pressão inicial e do esforço, os marfinenses ganharam apenas por 3 a 0 em Nelspruit, com gols de Yaya Touré, Romaric e Salomon Kalou. No jogo de Durban, o 0 a 0 sacramentou mais uma eliminação africana.

O resultado, contudo, deixou os torcedores de Costa do Marfim felizes no Estádio Mbombela, que teve um público de 34.763 torcedores. Mesmo longe da vaga, eles não pararam de festejar um só minuto. Chegaram até a fazer uma estranha coreografia, em que imitavam elefantes, animal-símbolo do país africano, e ficaram de costas para o campo. Mas não era um protesto, e sim alegria pela vitória na despedida da Copa da África do Sul.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Banzai! Japão vence Dinamarca por 3 a 1 e enfrenta o Paraguai nas oitavas


Com um futebol disciplinado, uma atuação de gala de Honda e um péssimo dia do goleiro Sorensen, o Japão venceu a Dinamarca por 3 a 1, nesta quinta-feira, em Rustemburgo, e avançou para as oitavas de final da Copa do Mundo. Com o segundo lugar no grupo E, com seis pontos, os Samurais Azuis vão enfrentar o Paraguai, na próxima terça-feira, às 11h (de Brasília), em Pretória. Os dinamarqueses se despedem da África do Sul com três pontos.

A classificação japonesa para as oitavas, a segunda da equipe na história das Copas, também garantiu mais um brasileiro naturalizado na próxima fase do Mundial. Túlio Tanaka se destacou na zaga e anulou facilmente os atacantes europeus.

Eficiente como nunca, Holanda vence Camarões e garante os 100%


Futebol total. Totalmente eficiente. A Holanda não encanta como já encantou. Não tem craques como já teve. Mas é competitiva como jamais foi. E comprovou isso na vitória por 2 a 1 sobre Camarões, nesta quinta-feira, no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, pela terceira rodada do Grupo E. O resultado garantiu a Van Persie, Sneijder e cia. algo que nem Cruyff conseguiu: 100% de aproveitamento na primeira fase da Copa do Mundo.

Pragmático, o time holandês não massacrou, não buscou o ataque desde o início, não deu espetáculo. Mas venceu com segurança e deu uma despedida melancólica aos “Leões Indomáveis”. Como se não bastasse ser a primeira seleção eliminada do Mundial, os africanos são também os primeiros a encerrarem a participação na África do Sul sem um pontinho sequer.

Tragédia italiana na África: Azzurra perde para Eslováquia e está fora da Copa


Na Copa de 2006, Itália e França estavam juntas, frente a frente no estádio Olímpico de Berlim para decidir a Copa disputada na Alemanha. Quatro anos depois, as duas seleções com títulos mundiais no currículo estão novamente unidas. Mas com um destino bem diferente: eliminadas na primeira fase do Mundial 2010. Nesta quinta-feira, os italianos, atuais campeões do mundo, foram desclassificados na África do Sul ao perderem por 3 a 2 para a Eslováquia no estádio Ellis Park, em Joanesburgo.

Em 80 anos de história dos Mundiais de futebol, nunca campeão e vice haviam sido eliminados na fase inicial da competição seguinte. E pela primeira vez, a tetracampeã Itália, lanterna do Grupo E, deixa uma Copa sem vencer um jogo sequer (dois empates e uma derrota). A pior campanha de sua vitoriosa história.

Em seu primeiro Mundial como país independente, a Eslováquia avançou para as oitavas de final. Como segunda colocada do Grupo F, com quatro pontos, a equipe vai encarar na próxima segunda-feira o ganhador da chave E, provavelmente a Holanda. Vencedor do Grupo F ao empatar sem gols com a Nova Zelândia, o Paraguai enfrenta na próxima terceira-feira o segundo do Grupo E (os mais cotados são Dinamarca e Japão).

Paraguai avança com empate sem gols e tira a invicta Nova Zelândia


Polokwane deu adeus à Copa do Mundo nesta quinta-feira e levou junto a Nova Zelândia. Com o empate de 0 a 0 no estádio Peter Mokaba, em um dos piores jogos até aqui na África do Sul, o Paraguai garantiu a primeira colocação do Grupo F e está nas oitavas de final. A seleção da Oceania termina o torneio invicta, mas sem vaga: a Eslováquia bateu a Itália por 3 a 2, em Joanesburgo, e avançou em segundo lugar. Atual campeã mundial, a Azzurra é a última colocada da chave e está fora.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Vibração em dose dupla: Alemanha vence, e Gana garante a África


Bom para a Copa do Mundo, que tem um de seus protagonistas classificado. Bom para o futebol, que já tem o primeiro duelo de gigantes agendado. Bom para a África, que respira aliviada por não ficar fora precocemente do primeiro Mundial no continente. O 1 a 0 da Alemanha sobre Gana, nesta quarta-feira, no Soccer City, em Joanesburgo, esteve longe de ser empolgante, mas foi suficiente para garantir as duas seleções nas oitavas de final - os ganeses acabaram beneficiados pelo magro 2 a 1 da Austrália sobre a Sérvia.

De quebra, a combinação de resultados, além de garantir a presença de um time "da casa" entre os 16 classificados para a segunda fase, reservou um empolgante confronto entre alemães e ingleses, rivais históricos desde a Primeira Guerra Mundial. O jogo será no próximo domingo, às 11h (de Brasília), em Bloemfontein. Gana encara os Estados Unidos, sábado, às 15h30m, em Rustemburgo.

Com seis pontos, a Alemanha terminou a fase inicial na liderança do Grupo D. Já Gana, com quatro, se manteve em segundo graças ao saldo de gols: zero contra menos três da Austrália, que venceu a Sérvia por 2 a 1, em Nelspruit.

Em campo, quatro representantes brasileiros. Todos discretos. Para Cacau, um problema, já que não mostrou serviço ao substituir o artilheiro Klose. Para o trio de arbitragem, formado por Carlos Eugênio Simon, Altermir Hausmann e Roberto Braatz, um elogio. Em sua segunda partida no Mundial, teve atuação impecável, como no duelo entre Inglaterra e Estados Unidos, na primeira rodada.

Após fortes emoções, Sérvia e Austrália deixam a Copa do Mundo


A Austrália venceu a Sérvia por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Mbombela Stadium, em Nelspruit, pela terceira e última rodada do Grupo D da Copa do Mundo. Com a derrota de Gana para a Alemanha por 1 a 0, no outro jogo do grupo, ambos os times ficaram próximos de conquistar vaga. Mas, com uma sequência incrível de gols perdidos, australianos e sérvios deixaram o Mundial de mãos dadas.

Estados Unidos vencem Argélia no fim e avançam de forma dramática


Em uma chave emboladíssima, na qual todos os países tinham chances de passar para as oitavas de final da Copa do Mundo, os Estados Unidos se classificaram com uma vitória dramática na última rodada do Grupo C. Graças a um gol de Donovan aos 45 minutos do segundo tempo, os americanos derrotaram a Argélia por 1 a 0, nesta quarta-feira, em Pretória. O empate eliminaria ambas as seleções, e a definição da chave veio no apagar das luzes no estádio Loftus Versfeld.

No duelo entre dois inimigos políticos, o que se viu foi um jogo limpo. O time americano foi superior, mas não conseguia transformar o domínio em gols. Até que o principal jogador da equipe achou uma bela jogada, quase nos acréscimos, e selou a classificação dos EUA, que terminaram em primeiro da chave com sete pontos. Os argelinos ficaram na lanterna, com dois.

Na próxima fase do Mundial, os americanos vão enfrentar o segundo colocado do Grupo D, que tem Alemanha, Gana, Sérvia e Austrália. A Inglaterra derrotou a Eslovênia por 1 a 0 no outro jogo e terminou na segunda colocação, com cinco. Os eslovenos, que estavam se classificando com o empate em Pretória, ficaram com quatro pontos e deram adeus ao torneio

Inglaterra vai às oitavas, e Eslovênia perde a vaga no apito final do juiz


Depois de duas exibições ruins, a Inglaterra mostrou nesta quarta-feira o futebol que dela se espera na Copa do Mundo. Apesar de um início nervoso, o English Team impôs seu ritmo de jogo, esqueceu os problemas extracampo e mostrou raça do início ao fim. Com boas atuações de suas principais estrelas (Rooney, Gerrard e Lampard), a equipe de Fabio Capello derrotou a Eslovênia por 1 a 0, no estádio Nelson Mandela Bay, em Porto Elizabeth. Apesar do placar magro, alcançado graças a um gol do ex-reserva Defoe, o resultado garantiu os britânicos nas oitavas de final.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Messi acorda no fim, mistão dá conta do recado, e Argentina pega o México


O capitão da Argentina entrou em campo para enfrentar a Grécia nesta terça-feira de uniforme azul escuro, tarja no braço esquerdo, número 10 nas costas e status de dono do time. No estádio Peter Mokaba, em Polokwane, Lionel Messi era uma cópia fiel do Maradona de 1994, que vestiu o mesmo figurino há 16 anos para fazer seu último gol em Copas, justamente contra os gregos. Com o Pibe à beira do campo, Messi não chegou a brilhar. Mas acordou nos minutos finais, acertou uma bola na trave e viu o mistão dos hermanos vencer por 2 a 0, garantindo o primeiro lugar do grupo B e o passaporte para enfrentar o México nas oitavas de final.

Os gols saíram dos pés de Demichelis – justo ele, criticado por lambanças anteriores – e Palermo, que entrou no segundo tempo. Bem marcado, Messi demorou até justificar as coincidências com Maradona. Ele ganhou a braçadeira que vinha sendo usado por Mascherano, poupado, e não chegou a repetir atuações históricas como a de seu técnico no Mundial do México, em 1986, com o gol de placa e a Mão de Deus que completam exatos 24 anos nesta terça. Naquela ocasião, a Argentina também jogou de azul, contra uma Inglaterra que vestia branco feito os gregos de agora.

A dois dias de completar 23 anos, Messi tornou-se o capitão mais jovem da história argentina em Mundiais, superando Passarella, que em 1978 tinha 25. Em 1986, Maradona foi o capitão com 26. O Pibe cumpriu a promessa de poupar seus jogadores (só Samuel está machucado e Gutierrez suspenso) e escalou apenas quatro titulares: Messi, o goleiro Romero, o zagueiro Demichelis e o meia Verón, recuperado de lesão.

A Argentina termina a primeira fase com nove pontos, três vitórias, sete gols marcados e apenas um sofrido. No outro jogo do grupo B, Coreia do Sul e Nigéria fizeram uma disputa dramática e empataram em 2 a 2. Melhor para os coreanos, que avançam em segundo lugar na chave, com quatro pontos, para enfrentar o Uruguai. Gregos, com três pontos, e nigerianos, com um, estão fora da Copa.

Empate classifica Coreia do Sul para pegar o Uruguai. Nigéria é eliminada


Primeiro Nigéria na frente, depois empate da Coreia do Sul, em seguida virada asiática, por fim nova igualdade. Em jogo de idas e vindas, de esperanças e temores, de sonhos e decepções, os asiáticos levaram a melhor ao ficar no 2 a 2 com os africanos nesta terça-feira, no estádio Moses Mabhida, em Durban. O resultado foi suficiente para colocar os orientais nas oitavas de final da Copa do Mundo, contra o Uruguai, já que a Argentina venceu a Grécia por 2 a 0 no outro jogo do Grupo B. A Nigéria, com apenas um ponto em nove disputados, está fora do Mundial.

África do Sul enfim vence, mas se despede abraçada com os franceses


Foi uma festa incompleta, com sorrisos constrangidos e vuvuzelas sem força. Diante das arquibancadas do Free State tingidas de amarelo, a África do Sul enfim arrancou sua primeira vitória na Copa do Mundo. Era tarde. Os 2 a 1 em cima da França, sob os olhares do presidente do país, Jacob Zuma, não foram suficientes para garantir o salto heroico às oitavas de final. Os 39.415 torcedores aplaudiram seus ídolos ao fim do jogo, mas a euforia que envolve o time da casa sofreu o golpe definitivo. Com Uruguai e México classificados no grupo A, os Bafana Bafana morrem abraçados com os franceses, que voltam para casa levando na bagagem uma crise do tamanho de Paris e uma das piores campanhas de sua história.

Sem 'marmelada', Uruguai vence o México e os dois avançam às oitavas


As suspeitas de um possível jogo de compadres, em que um empate classificaria as duas equipes, não se confirmaram. Em uma partida disputada normalmente, até porque o vencedor muito possivelmente evitaria enfrentar a temida Argentina - a vencedora do Grupo B - já nas oitavas de final, o Uruguai venceu o México por 1 a 0, gol de Suárez aos 43 minutos do primeiro tempo, garantindo a primeira posição do Grupo A e voltando às oitavas de final de um Mundial, fase que não disputava desde 1990, quando foi derrotado pela Itália por 2 a 0.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espanha mostra credencial de favorita e vence Honduras por 2 a 0


Sabe aquela Espanha que encantou o planeta na Eurocopa de 2008, liderou o ranking da Fifa por muito tempo e foi apontada como candidata para vencer a Copa do Mundo? Pois é, ela finalmente apareceu na África do Sul nesta segunda-feira. Após a decepcionante derrota para a Suíça na estreia, a Fúria apresentou bom futebol, venceu Honduras por 2 a 0 no Ellis Park - com direito a pênalti perdido por David Villa, autor dos dois gols - e agora só depende de si para ficar com o primeiro lugar do Grupo H, evitando um provável confronto com o Brasil nas oitavas de final.

Ofensiva, com trocas de passes envolventes e objetiva, a seleção de Vicente del Bosque não desperdiçou as oportunidades que teve para matar o jogo. Só não conseguiu transformar em goleada sua superioridade, falhando em algumas conclusões. Sem Iniesta, sentindo dores na coxa direita, o treinador apostou em Fernando Torres e Navas (no lugar de David Silva) no ataque junto com David Villa, que fez um golaço e foi eleito pela Fifa o melhor em campo.

O resultado deixou a Fúria em segundo lugar da chave, com três pontos (tem saldo de um gol, contra zero dos suíços). O Chile lidera com seis, enquanto Honduras tem zero. Na próxima sexta-feira (às 15h30m de Brasília), a Espanha pega o Chile em Pretória. Para ficar com o primeiro lugar, tem que vencer os chilenos pela mesma diferença de gols que a Suíça fizer em Honduras. Caso os suíços tropecem, um 1 a 0 serve para Villa e cia. Apesar das duas derrotas seguidas, os hondurenhos ainda têm chance de classificação: precisam vencer a Suíça por três gols de diferença e torcer por uma derrota dos espanhóis.

Mago e sul-africano vencem muralha de chocolate, e Chile derrota a Suíça


Com ajuda de um mago e um gol “sul-africano”, o Chile derrotou a Suíça por 1 a 0, nesta segunda-feira, em jogo válido pela segunda rodada do Grupo H da Copa do Mundo. Tendo pela frente uma forte defesa, que bateu o recorde de seleção a ficar mais tempo sem ser vazada na história do torneio, os sul-americanos contaram com uma linda jogada de Valdivia e um tento de Mark González, que nasceu em Durban, para praticamente assegurar sua passagem às oitavas de final.

O resultado deixou os chilenos com seis pontos, na ponta da chave. Se a Espanha decepcionar mais uma vez e ficar no empate com Honduras logo mais, o time do técnico Marcelo 'El Loco' Bielsa garante a vaga antecipada. Os suíços, por sua vez, seguem vivos e dependem apenas dos próprios esforços para se classficarem. O resultado confirmou o bom momento das seleções sul-americanas, que seguem invictas em dez partidas disputadas na Copa do Mundo.

Portugal arrasa a Coreia do Norte, e Cristiano Ronaldo encerra jejum


Antes de Portugal, três das mais bem cotadas seleções que disputam a Copa do Mundo da África do Sul haviam sucumbido na Cidade do Cabo. França, Itália e Inglaterra não conseguiram vencer seus jogos no charmoso estádio Green Point. Mas a equipe de Cristiano Ronaldo destruiu essa sequência. Nesta segunda-feira, despachou a zebra norte-coreana com uma vitória por 7 a 0, a maior goleada do Mundial, a sexta maior da história das Copas, e cumpriu a promessa feita pelo técnico Carlos Queiroz:

- Estamos acostumados a enfrentar as tormentas do Cabo da Boa Esperança – afirmou o treinador lusitano na véspera da partida.

Queiroz se referia ao fato de o navegador português Bartolomeu Dias, em 1488, ter vencido o mar agitado do Cabo descobrindo uma nova rota para o oriente. Um toque de erudição do comandante português.

Cristiano Ronaldo também comprovou sua estranha teoria. Depois de dois anos sem fazer um gol sequer pela seleção em jogos oficiais, o astro desencantou. Os gols saíram como ketchup para Portugal, como ele havia comparado.

- Podem demorar a sair, mas vêm todos de uma vez - frisou, para minimizar o jejum particular.

Portugal chega a quatro pontos no Grupo G, dois a menos que o Brasil. Na próxima sexta-feira, as seleções se enfrentam em Durban, às 11h (de Brasília). Os brasileiros vão jogar pelo empate para ficar em primeiro da chave. Em caso de derrota, os portugueses só perdem o segundo lugar se forem superados no saldo de gols pela Costa do Marfim, que tem um ponto e vai enfrentar os norte-coreanos também na sexta, em Nelspruit. A equipe marfinense precisa tirar uma diferença de dez gols para não depender dos critérios de desempate. A Coreia do Norte está eliminada.

domingo, 20 de junho de 2010

Brasil faz 3 a 1 na Costa do Marfim e se classifica para as oitavas


Foi uma vitória para restabelecer a paz entre a seleção brasileira e a torcida, que na arquibancada do Soccer City gritou "olé" e "o campeão voltou" graças ao placar de 3 a 1 sobre a Costa do Marfim neste domingo, em Joanesburgo. E foi também uma vitória que testou os nervos de alguns jogadores, já que os africanos apelaram para faltas duras depois de levarem três gols até os 17 minutos do segundo tempo. Kaká não passou nesse teste e foi expulso.

Os gols marcados por Luis Fabiano (duas vezes, uma delas ajeitando a bola com o braço) e Elano fazem do Brasil o segundo país classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo, depois da Holanda, e o terceiro a conseguir 100% de aproveitamento, junto com holandeses e argentinos. A primeira colocação do Grupo G pode ficar garantida já nesta segunda-feira, em caso de empate entre Portugal e Coreia do Norte, que se enfrentam às 8h30m. Luis Fabiano, agora o artilheiro da era Dunga (com 21 gols), foi eleito o melhor em campo no Soccer City.

O Brasil, que foi a seis pontos, enfrenta na última rodada os portugueses, que por enquanto têm um. Os africanos, que ficaram estacionados em um ponto, encaram os coreanos (que têm zero). Os dois jogos serão realizados ao mesmo tempo, às 11h de sexta-feira.

Seleção é dominada no começo do jogo

Se contra a Coreia do Norte o Brasil demorou a criar um lance de perigo, no jogo deste domingo ele surgiu com menos de um minuto. Robinho puxou contra-ataque, após tabela com Kaká, e arriscou de longe - sem tanto perigo - em vez de tentar o passe para Luis Fabiano, mais bem colocado pela esquerda. O que parecia um bom sinal, entretanto, transformou-se em exceção nos primeiros 20 minutos.

Foi da Costa do Marfim a iniciativa do jogo. Ela não mostrou a mesma retranca do empate por 0 a 0 com Portugal e foi além: avançou a marcação para combater a saída de bola da seleção e dominou o meio-campo. Kaká foi desarmado duas vezes logo no começo, e os brasileiros, que davam a impressão de estarem perdidos, cometeram seis faltas em 14 minutos.

Com dificuldade para dominar a bola e tocá-la no meio-campo, a seleção recorreu a um corta-luz para conseguir sua primeira jogada bem trabalhada na partida, somente aos 19 minutos. Elano abriu as pernas e deixou a bola passar na direção de Maicon, que errou no cruzamento. Se não levou perigo, o lance ao menos serviu para deixar a seleção um pouco mais à vontade no jogo.

Seis minutos depois, veio o gol de Luis Fabiano. A jogada teve início com Robinho mais recuado e teve sequência com um calcanhar nem tão certeiro de Luis Fabiano e um bom passe de Kaká. O atacante tomou a frente de seu marcador e, na cara do goleiro, soltou a bomba: 1 a 0. Na comemoração, fez o número 6 com as mãos - uma homenagem ao aniversário da filha e, coincidentemente, o número de partidas que passou em branco. Ele havia marcado pela última vez contra a Argentina, em setembro do ano passado.

O gol não pôs o Brasil no caminho do bom futebol. Os erros de passe continuaram acontecendo, somados a falhas bobas no domínio de bola. O nervosismo do time parecia contagiar Dunga, que reclamou da arbitragem e passou o primeiro tempo brigando com o microfone próximo à área técnica, até arrancá-lo do gramado e colocá-lo atrás do banco.

A seleção não conseguiu criar lances de perigo, concluindo apenas uma vez no gol, mas por outro lado mostrou solidez defensiva, com boas atuações de Lúcio e dos volantes Gilberto Silva e Felipe Melo. Com isso, a Costa do Marfim obrigou Julio Cesar a fazer apenas uma defesa em 45 minutos, num chute forte de Yaya Touré.
A segunda etapa começou com forte marcação da Costa do Marfim e o Brasil recorrendo a uma jogada individual para fazer 2 a 0. Com uma ajudinha da arbitragem, é verdade. Luis Fabiano dominou a bola duas vezes no braço, e entre elas deu dois balões em adversários, chutando para a rede. Enquanto o atacante voltava para o seu campo, uma cena curiosa: foi abordado pelo árbitro francês Stephane Lannoy, que, sorrindo, quis saber se ele dominara com o braço. Luis Fabiano não teve dúvida: sério, respondeu que não. E mais tarde ouviu seu nome ecoar no Soccer City.

Com exceção de uma cabeçada perigosa de Drogba, a defesa continuava sem grandes sustos. E no ataque o time já encontrava espaços para tocar a bola. Kaká deu um chute perigoso, após passe de Robinho. E no minuto seguinte, aos 17, o meia fez boa jogada pela ponta esquerda, cruzando rasteiro para a conclusão de Elano, que fez seu segundo gol em dois jogos.

Nervosos com os 3 a 0 da seleção brasileira, os marfinenses começaram a abusar das faltas. Tioté deu uma entrada dura em Elano, que saiu carregado de campo, aos 30 minutos. E Keita fez falta violenta em Michel Bastos, levando cartão amarelo. Até mesmo quando sofriam falta, os africanos provocavam. Como aconteceu com Kaká e Yaya Touré. O brasileiro deu uma entrada mais forte no adversário, mas ficou irritado com uma mão na nuca.
Entregue em campo, o time africano ainda conseguiu arrumar espaço para diminuir, numa falha isolada de posicionamento da defesa brasileira. Drogba recebeu ótimo lançamento de Yaya Touré aos 33 minutos e marcou de cabeça o primeiro gol africano no Brasil em Copas. Felipe Melo ergueu o braço, protestando contra impedimento que não existiu. O Brasil não se assustou com o gol e continuou tocando a bola.

Mas o jogo estava nervoso. Aos 39 minutos, Kaká deu um empurrão em Keita e foi punido com o cartão amarelo. Três minutos depois, recebeu outro amarelo do árbitro, que viu agressão a Keita, e foi mais cedo para o vestiário, desfalcando o time contra Portugal, em Durban.

Com outra atuação sofrível, Itália decepciona contra a Nova Zelândia


A faixa preta no braço direito dos jogadores da Itália era um sinal da luto pela morte neste domingo do ex-jogador Roberto Rosato, campeão da Eurocopa de 68 e vice mundial em 70. Mas bem que poderia representar também um protesto pelo futebol sofrível apresentado pela atual campeã no Mundial da África do Sul. Em nova atuação decepcionante, a Azzurra não passou de um empate por 1 a 1 com a fraca Nova Zelândia, em Nelspriut, pela segunda rodada do Grupo F.

Prejudicada pela arbitragem, a Azzurra ficou em desvantagem com um gol em impedimento de Smeltz, logo aos sete minutos. Entretanto, não fez nos 83 minutos seguintes nada que justificasse algo além da igualdade conquistada através de pênalti duvidoso convertido por Iaquinta, ainda na primeira etapa.
Com o resultado, os italianos seguem vivos na Copa do Mundo, têm dois pontos e dividem a vice-liderança do Grupo F com os próprios neozelandeses, donos de campanha idêntica (dois jogos, dois empates, dois gols pró e dois gols contra). O Paraguai lidera, com quatro pontos. A Eslováquia ocupa a lanterna, com um.

A decisão das vagas nas oitavas de final ficou para a última rodada, quando a Azzurra encara a Eslováquia, quinta-feira, às 11h (de Brasília), em Joanesburgo. Uma vitória garante a classificação italiana. Na mesma situação, a Nova Zelândia encara o Paraguai, em Polokwane, no mesmo dia e horário.

sábado, 19 de junho de 2010

De virada, Dinamarca elimina Camarões e classifica a Holanda


Por causa da Dinamarca, a Copa do Mundo tem a primeira seleção matematicamente classificada e a primeira eliminada. Com vitória de virada por 2 a 1 sobre Camarões neste sábado, em Pretória, os dinamarqueses fizeram o time de Samuel Eto'o não ter mais chances de avançar na competição e ainda colocaram a Holanda nas oitavas de final.

A Laranja soma seis pontos e lidera o Grupo E. Na próxima quinta-feira, às 15h30m (de Brasília), pega Camarões, que ainda não pontuou. No mesmo dia e horário, Dinamarca e Japão, que estão com três, decidem a segunda vaga da chave na Cidade do Cabo. Nas oitavas, os primeiro e segundo colocados enfrentam classificados do Grupo F, que tem Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia.

Gana desperdiça vantagem numérica e fica no empate com a Austrália


Gana manteve neste sábado o rótulo de melhor seleção africana da Copa até o momento. Os "Black Stars" empataram com a Austrália por 1 a 1, em Rustemburgo, e assumiram a liderança do Grupo D da Copa do Mundo. Apesar disso, os ganeses deixaram o campo com um gosto ligeiramente amargo na boca. Eles jogaram desde os 25 minutos do primeiro tempo com um homem a mais (o australiano Kewell foi expulso) e não conseguiram buscar o gol da vitória.

Holman abriu o marcador para a Austrália, logo no início, e Asamoah Gyan empatou para os africanos batendo o pênalti que resultou na expulsão de Kewell (o australiano salvou um gol com a mão em cima da linha). Na etapa final, a apatia de Gana foi tamanha que quem criou as melhores chances foram os Socceroos.

Com o resultado, Gana toma o primeiro lugar do Grupo D, com quatro pontos, um a mais que Sérvia e Alemanha. A Austrália segura a lanterna, com um ponto. Na rodada final, quarta-feira, os ganeses só precisam empatar com a Alemanha, no Soccer City, para garantir uma das vagas nas oitavas de final. Aos australianos, resta bater a Sérvia por boa diferença de gols, em Nelspruit, para sonhar com a classificação.

Sem brilho e sem Robben, Holanda sofre para vencer o Japão


O futebol deve um título à Holanda e a seus gênios do passado. Um débito com uma história de jogo bonito, ofensivo. A conta, sabe-se lá, pode ser paga em 2010, porque o caminho agora está mais aberto para a seleção laranja. Neste sábado, em Durban, mesmo com uma atuação pálida, o time europeu bateu o Japão por 1 a 0, foi a seis pontos, na liderança isolada do Grupo E, e praticamente cravou os dois pés nas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul. O gol da vitória foi marcado por Sneijder, aos oito minutos no segundo tempo. Em uma falha do goleiro Kawashima.

Mas não foi fácil. Controlada na etapa inicial, a Holanda teve que batalhar para superar a marcação japonesa, sustentada em muita entrega, em correria sem fim. Robben, ainda se recuperando de lesão muscular, não jogou. O ataque, sem ele, teve raros momentos de brilho diante da disciplina defensiva dos asiáticos.

Com o resultado, a Holanda pode garantir classificação matemática ainda neste sábado. Para isso, torce por vitória da Dinamarca ou por empate no jogo entre os nórdicos e Camarões, às 15h30m (de Brasília), em Pretória. Os japoneses, com três pontos, ficam de olho na tabela e voltam a campo na próxima quinta-feira, em Rustemburgo, contra os dinamarqueses. A Holanda, no mesmo dia, duela contra os africanos na Cidade do Cabo.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Com pouca ousadia e muitos erros, França e Uruguai se arrastam no 0 a 0


Tirando a tradição, sobrou pouco. França e Uruguai estrearam na Copa da África do Sul nesta sexta-feira, mas esqueceram no vestiário o status de campeões mundiais. O jogo arrastado e repleto de erros no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, terminou com o placar que mereceu: 0 a 0. Cercados de desconfiança às vésperas da competição, franceses e uruguaios abriram os trabalhos fazendo muito pouco para mudar a opinião de suas torcidas. Nem Henry e Loco Abreu, lançados na fogueira do segundo tempo, conseguiram salvar as pátrias.

O técnico francês Raymond Domenech só atendeu aos pedidos da torcida aos 27 minutos do segundo tempo e lançou Thierry Henry. O atacante, no entanto, produziu pouco e não conseguiu tirar o zero do placar. O mesmo vale para o uruguaio Loco Abreu, que defende o Botafogo. Ele pouco apareceu após substituir Suarez aos 29. O Uruguai ainda teve Lodeiro expulso aos 36, apenas 18 minutos após entrar em campo.

A Celeste volta a campo no dia 16, contra a África do Sul, enquanto os Bleus voltam a campo no dia seguinte para encarar o México. Sul-africanos e mexicanos também empataram na estreia, mas lideram o grupo A porque cada um fez um gol.

O Green Point, que foi construído especialmente para a Copa do Mundo e engoliu quase R$ 1 bilhão nas obras, só encheu em cima da hora nesta sexta-feira. Entre os 64.100 torcedores, a maioria era de franceses, que encheram os pulmões para cantar o hino.

Quando a bola rolou, contudo, não houve muito motivo para euforia. O primeiro tempo se arrastou de forma monótona, com raríssimas chances de gol nos dois lados. Vestindo branco, os Bleus tomaram a iniciativa e tiveram a primeira oportunidade com Govou, que completou um cruzamento rasteiro na pequena área, na frente do goleiro Muslera, mas mandou para fora.

A resposta celeste veio com Forlán, que cortou para a direita e bateu forte da entrada da área, em cima de Lloris. Onipresente, o atacante uruguaio voltava para buscar jogo, batia faltas e concentrava todas as ações, mas ainda pecava nos passes perto da área.

O melhor lance da primeira etapa foi uma defesa espetacular de Muslera, que foi buscar no ângulo uma falta cobrada por Gourcuff. Fora isso e dois balões de ar que caíram no campo e estouraram com pisões de Lloris, os únicos momentos notáveis foram os cartões amarelos para os franceses Ribery e Evra, ambos pelo mesmo motivo: puxar um adversário.

Aos 40 minutos, a torcida percebeu que era melhor se divertir sozinha e começou a fazer uma ola. Era mesmo a hora de ir para o intervalo.

O segundo tempo começou do mesmo jeito, enquanto Henry aquecia de um lado e Loco Abreu, do outro. Até os 17 minutos, nada de relevante aconteceu. Com o estádio em silêncio, Toulalan deu uma entrada dura em Pereira e levou cartão amarelo. Velho conhecido dos brasileiro, o zagueiro Lugano foi tirar satisfações e esquentou o clima.

Diante da monotonia, começaram as trocas. A Celeste lançou Lodeiro no lugar de Gonzalez e Loco Abreu no de Suarez. Mas a torcida vibrou mesmo, como se fosse um gol, quando Henry tirou o agasalho e substituiu Anelka aos 26. Malouda também entrou no lugar de Gourcuff.

Lodeiro só ficou 18 minutos em campo. Foi o suficiente para fazer duas faltas duras, levar um amarelo e um vermelho. Aos 36, encerrou sua estreia na Copa e deixou o campo com as mãos na cabeça, desconsolado.

Um minuto depois, com a França toda no campo de ataque, Henry teve a primeira chance. O atacante aproveitou a não marcação de um impedimento e cabeceou com perigo para fora. Logo em seguida, ganhou a companhia de Gignac, que substituiu Govou.

Desinteressado no jogo, o Uruguai ainda ganhou tempo com a entrada de Eguren no lugar de Perez. Aos 43, o toque de ironia. Henry que classificou a França para a Copa usando a mão na jogada do gol contra a Irlanda, reclamou de um toque de mão do Uruguai. O juiz mandou o jogo seguir.

A torcida ainda se animou para dois últimos suspiros. O escanteio cobrado por Malouda foi afastado pela zaga. No último minuto, Diaby sofreu falta na entrada da área. Após Lugano receber um cartão amarelo por retardar a cobrança, Henry foi para a bola, mas Loco Abreu, na barreira, desviou a bola, afastando o perigo.

E a estreia dos dois campeões mundiais terminou mesmo com um empate melancólico.

Por Adilson Barros
Direto da Cidade do Cabo, África do Sul

Copa da igualdade começa com festa e empate entre África do Sul e México



Foi o roteiro perfeito em uma tarde destinada a entrar para a história. Com o Soccer City apinhado de gente, a África do Sul abriu sua Copa do Mundo com uma festa barulhenta e comovente. Nem a ausência de Nelson Mandela reduziu o clima de euforia no estádio, como se cada um dos 84.490 torcedores tivesse a dimensão exata do que estava acontecendo no gramado. Sim, havia também um jogo no limite daquelas quatro linhas. E até ali dentro tudo foi desenhado para ninguém sair de cabeça baixa. O Mundial que celebra a igualdade começou com um empate: 1 a 1 entre os donos da casa e o México.
Após um primeiro tempo eufórico nas arquibancadas e morno dentro de campo, Tshabalala abriu o placar para os sul-africanos aos 10 do segundo, com um golaço no contra-ataque, que lhe rendeu o título de melhor da partida, concedido pela Fifa. Os mexicanos, liderados por Giovani dos Santos, responderam com Rafa Márquez, que marcou aos 34 e deu números finais à abertura da copa

Na chegada ao Soccer City, os jogadores sul-africanos já estavam em clima de festa. Ainda vestindo ternos e com suas credenciais penduradas no pescoço, eles desceram do ônibus cantando e dançando. O ritual se repetiu no túnel que levou a equipe ao gramado para o aquecimento. E a resposta das arquibancadas veio em alto volume
Dez minutos antes do início da partida, o microfone foi para as mãos dos presidentes: o da África do Sul, Jacob Zuma, e o da Fifa, Joseph Blatter, que deram as boas vindas ao público e citaram o “espírito de Nelson Mandela”, que não compareceu ao jogo de abertura por causa da trágica morte de sua bisneta num acidente de carro.

Na hora dos hinos nacionais, o placar eletrônico do estádio pediu respeito – “Quiet, please” – e as vuvuzelas silenciaram. Por pouco tempo. Eram 16h05m no país da Copa (11h05m no Brasil) quando o México deu a saída e a Jabulani finalmente rolou. A partir daí, o barulho não deu mais trégua.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Susana Werner diz que Julio Cesar sente dores e reza por ele



Susana Werner, mulher de Julio Cesar, goleiro da seleção brasileira, usou o twitter nesta quinta-feira para mandar mensagens de apoio ao marido. Recuperando-se de uma pancada na região lombar, sofrida no amistoso contra o Zimbábue, o camisa 1 está no topo das orações da esposa. Como ela mesmo relata.

- Se Deus quiser meu maridão vai ficar bom logo. Estou rezando muito por aqui. Estamos todos torcendo – escreveu Susana no fim da manhã desta quinta-feira.

Em seguida, a modelo e atriz colocou outras quatros mensagens para falar sobre a situação do goleiro do Brasil. Em uma delas, Susana Werner aponta o desgaste da última temporada europeia como um vilão para Julio Cesar.

- Ele jogou três campeonatos inteiros. São muitos jogos, desgastante demais. Fica viajando direto para lá e para cá. Tadinho – postou a esposa do goleiro.
Mais adiante, Susana deixou claro que Julio Cesar, embora tenha treinado bem na tarde desta quinta-feira, em Joanesburgo, não está em perfeitas condições.

- Obrigado pelo carinho. E vamos rezar para ele ficar logo 100%. Afinal, o Julio recuperado é segurança garantida – colocou, agradecendo às mensagens de apoio.

A modelo terminou o assunto Julio Cesar em seu twitter dizendo que o goleiro tinha conversado com ela e dita que etava bem. A estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo será no dia 15 de junho, contra a Coreia do Norte, no estádio Ellis Park.

Por GLOBOESPORTE.COM
Direto de Joanesburgo, África do Sul

A Tabela

Shows musicais abrem a Copa do Mundo nesta quinta-feira


Um grande concerto com vários artistas internacionais, como Shakira, Alicia Keys, Juanes e Black Eyed Peas será celebrado nesta quinta-feira, a partir das 15h (de Brasília), no estádio Orlando, em Soweto, na véspera da rodada de abertura da Copa do Mundo da África do Sul. A TV Globo e o GLOBOESPORTE.COM irão transmitir ao vivo.

Principal atração, a colombiana Shakira será a última a se apresentar com a execeução de três músicas, entre ela "Waka Waka - Time for Africa" (A hora da África), tema do Mundial, com o grupo pop sul-africano Freshlyground. É aguardado um público de 36 mil pessoas na festa. Os ingressos, que custavam até 1400 rands (R$ 3200), esgotaram-se rapidamente.

Além dos movimentos sensuais que habitualmente faz em seus shows, Shakira prometeu também uma coreografia tipicamente africana. O também colombiano Juanes e os americanos Alicia Keys e John Legend farão parte da festa, junto com estrelas africanas de renome internacional, tais como Angélique Kidjo, Amadou e Mariam e Gospel Choir. Vários jogadores também participarão do evento, mas os organizadores preferiram manter seus nomes em sigilo.

- Este concerto não só é um tributo ao início da Copa do Mundo, também é um tributo à música africana - explicou Kevin Wall, ao apresentar os últimos detalhes do show, que contará com ainda com a atuação de Alicia Keys, K'Naan e Angelique Kidjo.

ACOMPANHE COMO SERÁ A CERIMÔNICA DE ABERTURA DA COPA 15h
Abertura danças tribais
15h10m
Black Eyed Peas três músicas
15h23m
Amadou & Mariam duas músicas
15h34m
Angelique Kidjo duas músicas
15h42m
John Legend duas músicas
15h52m
Vusi Mashlasela duas músicas
16h03m
Filme sobre Nelson Mandela três minutos de duração
16h06m
Vieux Farka Toure duas músicas
16h14m
Juanes duas músicas
16h26m
Tinariwen duas músicas
16h36m
Alicia Keys três músicas
16h49m
Alicia Keys e BLK JKS uma música
16h53m
BLK JKS duas músicas
17h03m
K'Naan uma música
17h09m
The Parlotones duas músicas
17h20m
Sharika três músicas
17h43m
Encerramento música e queima de fogos
17h49m
FIM